quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Parlamentares fazem novas acusações à Funprev

Vereadores defendem apuração das carteiras de investimento
da Funprev e citam caso que envolve concurso público

Amanda Melo

Em sessão na Câmara Municipal, no dia 26 de outubro, a Fundação da Previdência (Funprev) foi alvo de denúncias que não aparecem na Comissão Especial de Inquérito (CEI) aprovada no mês de setembro. A Comissão foi aberta para investigar irregularidades que diziam respeito a concursos públicos, pagamentos de hora extra e vantagens pessoais. Um dos casos apurados é o pagamento de R$ 15 mil de horas extras a um procurador jurídico.

Pedro Valentim, do PSB, e Amarildo de Oliveira, do PPS, apresentaram denúncia envolvendo concurso público. Segundo os vereadores, uma suposta cunhada de Liege Sementille Figueiredo (servidora que recebeu por horas extras que não trabalhou), deve ser investigada. A aprovada, Jéssica Fernanda dos Santos Figueiredo, seria casada com o irmão de Liege, mas seu sobrenome de casamento teria sido omitido na publicação do Diário Oficial.

Além disso, de acordo com os parlamentares, as carteiras de investimento da Fundação da Previdência também precisam ser analisadas. Eles defendem a abertura de uma nova Comissão Especial de Inquérito para tratar exclusivamente disso. “Para que se tenha uma melhor compreensão do que a CEI trata, não há como a que está apurando as eventuais irregularidades estender o assunto para o investimento das carteiras. Há a possibilidade da sugestão de abertura de uma nova CEI que trate especificamente disso”, explica o vereador Fabiano Mariano, do PDT.

Outra reclamação feita na Câmara diz respeito à falta de respostas da Funprev à CEI. O presidente da entidade, Vanderlei Tomiati, afirmou, em entrevista ao Falando em Política do dia 15 de setembro, que a Fundação colaboraria com as investigações. No entanto, segundo o vereador Moisés Rossi, do PPS, as informações e os documentos solicitados pela Comissão não foram propriamente encaminhados.

“O primeiro ofício, eles responderam com um papel de respostas, mas não com informações que nós pedimos. Esperamos que eles nos tragam as informações que nós precisamos para que possamos continuar o processo, chegar à conclusão e fazer o relatório que precisamos fazer”, afirma Moisés Rossi. O vereador ressalta ainda que a comprovação das acusações feitas pode direcionar a atitude dos vereadores para que haja o afastamento da diretoria da Funprev.

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