segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ministro do Esporte é o sexto a deixar o cargo no governo Dilma

Orlando Silva deixa o Ministério do Esporte após denúncia de desvio de recursos no programa Segundo Tempo

Laís Rodrigues

Na última quarta-feira, dia 26, caiu o sexto ministro desde o início do governo Dilma. O Ministro do Esporte Orlando Silva saiu do cargo depois que o Supremo Tribunal Federal, o STF, decidiu investigar denúncias de desvio de recursos públicos de programas sociais do Ministério.

Dos seis ministros que caíram neste ano, Orlando é o quinto a sair por causa de denúncias de corrupção. A saída de Orlando Silva do Ministério do Esporte foi decidida na noite de terça-feira, em um encontro de dirigentes do PC do B, partido do ministro, com o Secretário Geral da presidência Gilberto Carvalho.

Em coletiva de imprensa, Orlando Silva afirmou que há 12 dias sofre calúnia e que vai utilizar seu afastamento para provar que as denúncias contra ele são falsas.

A abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal para investigar as ações de corrupção contra o Ministro tornou insustentável a permanência de Orlando Silva no governo. Mas o partido dele, também citado nas denúncias, recebeu de Dilma a garantia de que vai continuar no Ministério.

Na semana passada, em visita a Angola, na África, a presidente defendeu o PC do B e sua aliança histórica com o PT. Também em Angola, a presidente Dilma Rousseff manifestou falta de convicção no envolvimento de Orlando Silva nas fraudes de que foi acusado.

Mesmo assim, a presidente está certa de que o desgaste político para seu governo é irreversível. O primeiro ministro a cair foi Antonio Palocci, em junho, acusado de enriquecimento graças a tráfego de influência em favor de uma empresa de consultoria.

Denúncias de desvio de dinheiro público também derrubaram os Ministros dos Transportes Alfredo Nascimento, da Agricultura Wagner Rossi e do Turismo Pedro Novais. Nelson Jobim, Ministro da Defesa, pediu demissão depois de criticar publicamente duas outras ministras.

Fora do cargo, Orlando Silva perde o foro privilegiado e será julgado na justiça comum pelas denúncias de corrupção.

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