terça-feira, 11 de outubro de 2011

Situação e opositores entram em acordo e aprovam PCCS


Oposição pressiona e Câmara Municipal aprova por unanimidade pacote reduzido
de cargos na administração municipal

                                                                                                                      Laís Rodrigues


No dia 26, os vereadores discutiram o Plano de Cargos, Carreiras e Salários, o PCCS, da administração pública e da saúde. O projeto de lei proposto pelo prefeito Rodrigo Agostinho criava, inicialmente, 190 vagas para serem preenchidas na Prefeitura de Bauru.

Os vereadores oposicionistas foram contra a aprovação do PCCS, alegando inchaço da máquina. O problema é que o pacotão enviado pelo prefeito incluía também melhorias salariais para motoristas e tratadores de animais.

 A pressão por parte do Sindicato dos Servidores, o Sinserm, fez com que a votação fosse adiada, por onze votos a cinco. A oposição pressionou e durante a semana o prefeito reduziu 57 dos cargos previstos o projeto de lei inicial. 

Mesmo assim, os oposicionistas só aprovaram o projeto na última segunda-feira para não prejudicarem os servidores públicos. Antes da votação, o vereador Marcelo Borges, do PSDB, se pronunciou sobre a mudança de voto da oposição. 

Para Marcelo, a aprovação da lei foi uma negociação entre oposição e situação. “Eu fico muito contente de estar votando uma proposta que a oposição coordenou. Diminuímos os cargos, diminuímos a questão daquele inchaço, do impacto financeiro da máquina e estamos votando hoje aquilo que é um acordo. Nem era esse o motivo da oposição, mas, em acordo, todo mundo tem que ceder um pouco”, disse.

Ainda durante a sessão, o vereador José Roberto Segalla, do DEM, afirmou que, quando da primeira apresentação do projeto de lei, já viu problemas no PCCS. De acordo com o vereador, cabe à Prefeitura apresentar uma lista justificada de cargos que realmente precisam ser criados.


O vereador José Roberto Segalla (DEM) antecipa novos problemas com o PCCS. (Foto: Agência Bom Dia) 

Segalla também acredita que o prefeito foi precipitado ao mandar um pacote de medidas em vez de criar vários projetos de lei separados. “Eu vou votar, porque eu não quero prejudicar os motoristas, não quero prejudicar os tratadores, não quero prejudicar os demais funcionários. Mas a forma como o senhor prefeito faz é um ‘passa moleque’. Ele não manda separado, ele não dá a oportunidade de nós distinguirmos. Então eu vou votar a favor, mas estou convencido de que não deveria aprovar esta quantidade de cargos”, afirma.

O Prefeito Rodrigo Agostinho não foi encontrado para dar entrevista.

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