Legitimado no poder há 22 anos, o presidente da CBF,
após manifestações no Twitter e nos estádios, perde também
parte do prestígio nos órgãos públicos brasileiros
Amanda Melo
As declarações polêmicas de Ricardo Teixeira em entrevista à Revista Piauí, no mês de julho deste ano, tiveram grande repercussão e, como consequência, uma série de manifestações contra o cartola. Nas redes sociais, o movimento “Fora, Ricardo Teixeira” obteve massivo apoio. Além disso, torcedores protestaram durante os clássicos da 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. No cenário político, o mandatário começa a perder o apoio que possuía.
Foram mais de 75 mil postagens com a hashtag #foraricardoteixeira no Twitter. Entre os apoiadores do movimento, estiveram Xico Sá, Marcelo Rubens Paiva e o jornalista Juca Kfouri, desafeto confesso de Teixeira e processado por ele mais de cinquenta vezes. Apesar do grande apoio na internet, o movimento contra Ricardo Teixera não obteve o mesmo sucesso nas ruas. As marchas realizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo reuniram, juntas, pouco mais de mil manifestantes.
Nos estádios, torcedores mostraram descontentamento em relação à atuação de Ricardo Teixeira à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Comissão Organizadora Local (COL) da Copa de 2014. Com apoio das torcidas organizadas, o protesto ganhou força nos principais estádios do país em manifestação significativa durante os clássicos pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. A atitude, porém, foi reprimida pelas federações estaduais, respaldadas em uma brecha do Estatuto do Torcedor que proíbe qualquer manifestação do tipo.
Foram mais de 75 mil postagens com a hashtag #foraricardoteixeira no Twitter. Entre os apoiadores do movimento, estiveram Xico Sá, Marcelo Rubens Paiva e o jornalista Juca Kfouri, desafeto confesso de Teixeira e processado por ele mais de cinquenta vezes. Apesar do grande apoio na internet, o movimento contra Ricardo Teixera não obteve o mesmo sucesso nas ruas. As marchas realizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo reuniram, juntas, pouco mais de mil manifestantes.
Nos estádios, torcedores mostraram descontentamento em relação à atuação de Ricardo Teixeira à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Comissão Organizadora Local (COL) da Copa de 2014. Com apoio das torcidas organizadas, o protesto ganhou força nos principais estádios do país em manifestação significativa durante os clássicos pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. A atitude, porém, foi reprimida pelas federações estaduais, respaldadas em uma brecha do Estatuto do Torcedor que proíbe qualquer manifestação do tipo.
Torcida palmeirense
protesta contra Ricardo Teixeira durante clássico contra o Corinthians, no Prudentão. (Foto: Eduardo Viana/Lancenet) |
O senador Demóstenes Torres, líder do DEM, publicou em seu Twitter críticas à atitude repressiva das federações estaduais em relação aos protestos. Além disso, em artigo publicado no seu site, Demóstenes cita o mandonismo da Federação Catarinense de Futebol (FCF) ao conter a manifestação de torcedores. acho meio forte
“Se permitirmos que usem o Estatuto do Torcedor para calar a torcida, logo estarão prendendo as passistas por causa dos trajes mínimos no Carnaval e os tuiteiros que colocarem a hashtag #foraricardoteixeira. Não se pode deixar que driblem a lei para golear as liberdades”, afirma o senador.
Muitos apoiam Ricardo Teixeira nos órgãos políticos brasileiros, a exemplo do senador Aécio Neves e do presidente do Senado Federal, José Sarney. Ainda assim, pequenas demonstrações de insatisfação com o cartola começam a surtir efeito. O governo federal, que durante o mandato de Lula se mostrou bastante próximo à CBF, parece ter recuado e demonstra receio em relação ao dirigente. A presidente Dilma Rousseff recusou-se a encontrar o mandatário durante o sorteio dos grupos das Eliminatórias da Copa, no Rio de Janeiro.
(Créditos: Amarildo) |
Entre as várias acusações que Ricardo Teixera já recebeu, estão mais de 13 pedidos de indiciamento relativos a supostos crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Todos os casos, porém, foram arquivados pelo Ministério Público por meio de manobras jurídicas.
Falta de investimentos para a Copa é uma das queixas de Teixeira
No último mês, o senador do PMDB-MG, Aécio Neves, tornou públicas queixas feitas por Ricardo Teixeira a respeito da falta de investimentos do governo federal para o Mundial de 2014. Segundo ele, o cenário descrito por Teixeira se mostra quase trágico e a decisão de Dilma de cortar ainda mais os gastos públicos é preocupante.
Em relação a questionamentos sobre atrasos nas obras dos estádios, Ricardo Teixeira garantiu na entrevista concedida à Piauí que, no que depender dele, tudo estará pronto dentro do prazo.
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