sábado, 2 de julho de 2011

Vereadores aprovam inchaço na Câmara de Bauru

Isis Rangel

O impasse pelo aumento ou não do número de vereadores na Câmara de Bauru teve término na segunda, dia 20 de junho. Depois de diversos debates e manobras dos vereadores, foi decidido que a partir de 2013 o número de parlamentares será de 17 em oposição aos 16 que constituem o quadro do Legislativo municipal atualmente.
Os vereadores defendem que o aumento é necessário para acabar com a questão do super-voto do presidente da Casa. Como o número de parlamentares era par, quando ocorria empate nas votações, o presidente votava pela segunda vez, constituindo o super-voto.
Mesmo com a aparente unanimidade da decisão, havia vereadores favoráveis a manutenção das 16 cadeiras no Legislativo, como o vereador Fernando Mantovani (PSDB), ou da diminuição para 15, como Amarildo de Oliveira (PPS).
Além disso, o projeto, que deveria ter sido aprovado na sessão do dia 13, foi adiado devido a uma manobra promovida por um grupo de parlamentares.
Vereadores de partidos pequenos queriam promover um inchaço maior na Câmara – para 21 ou 23 cadeiras -, visando maior representatividade de seus partidos no próximo pleito municipal. Assim, o vereador Pastor Luiz Barbosa (PTB) pediu para que uma das emendas do projeto fosse avaliada pelas Comissões internas da Casa.
Apesar disso, a votação foi adiada por uma semana apenas e voltou à pauta na sessão ordinária do dia 20. O projeto de lei foi aprovado por unanimidade pelos 15 vereadores presentes na sessão, ignorando os protestos da população que é abertamente contra o inchaço da Câmara.
Com o aumento de uma cadeira, o gasto anual da Casa aumenta para, em média, R$ 170 mil reais, incluindo os custos com o novo vereador e seus dois assessores. Desse modo, fica óbvio, mais uma vez, que os vereadores bauruenses pouco se importam com os desejos da população que representam.

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